Dia das crianças: dia de comemoração, mas também de reflexão!
Por Jorge Singh
Dia 12 de outubro comemora-se no Brasil o dia da criança. A Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece como o dia mundial da criança a data de 20 de novembro. Cada país tem uma data específica para comemorar o dia da criança.
No Brasil, em termos comerciais é a segunda data mais importante do ano, só perdendo em vendas para o dia do natal, 25 de dezembro. A criança só é considerada como tal, a partir de um ano e seis meses de vida (antes é bebê) até os 12 anos de idade completos ou não. O dia da criança foi instituído no Brasil na década de 1920, mas só a partir de 1960 a data passou a ser comemorada com mais ênfase.
Hoje é uma data das mais tradicionais e festejadas e as vendas de brinquedos e roupas infantis são monumentais. Além de entidades civis e órgãos públicos realizarem festas para os pequenos no dia 12 de outubro, os próprios moradores em todo o país se unem e presenteiam as crianças com brinquedos, gincanas, lanches e guloseimas.
A criança bem nascida e bem tratada que tem pais, que tem um lar, que vai para a creche, a criança que estuda e que é bem alimentada, que tem acesso a brinquedos e brincadeiras, que tem acesso à saúde e à cultura, à educação, as que são criados com carinho e dignidade, possivelmente serão grandes mulheres e grandes homens no futuro, no que diz respeito ao caráter. Mas infelizmente nem todas as crianças tem essa sorte, pois muitas delas vivem imersas na miséria e no abandono.
Se o analfabetismo das crianças praticamente foi erradicado no Brasil, outros males surgiram e assombram as famílias brasileiras, como a falta de vagas nas creches, e muito mais grave, o abandono de crianças que vivem nas ruas, o acesso às drogas e a prostituição infantil. O dia da criança é um dia de festa, mas também deve (ou deveria) ser um dia de reflexão, pois existe muita criança nesse país trabalhando, ou melhor, fazendo serviço de adulto, existem crianças que são abusadas e maltratadas, crianças que sequer tem uma alimentação adequada.
Esse é o lado sombrio e triste da realidade de uma parcela das crianças brasileiras. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é rígido no que diz respeito aos direitos e à proteção da criança, sem dúvida um avanço, mas ainda é insuficiente para proteger de fato as crianças. Essa responsabilidade tem que ser compartilhada com os governos em todas suas esferas, entidades civis, a justiça e com a participação da população. As crianças de hoje comandarão o Brasil de amanhã, o Brasil do futuro. Viva as crianças!
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