segunda-feira, 20 de junho de 2011

ARALU PEDE SOCORRO

Comunidade da zona rural solicita iluminação de rua e telefone público

Moradores se dizem esquecidos pela prefeitura. Não existe coleta de lixo, telefone público, asfalto e iluminação. Nem a rua de acesso ao pequeno povoado tem nome

Na foto, moradores se posicionam com suas crianças na rua que dá acesso ao bairro.


A distância a ser percorrida é de um quilômetro. Um quilômetro de uma subida incrivelmente íngreme sobre um piso de terra esburacado sinuoso e estreito, ladeado por mata fechada. As pedras soltas (cascalho) podem fazer com que um veículo ou uma moto derrape a qualquer momento, os poucos motoristas que por lá circulam tem que estar muito atento.

E para piorar a situação a rua em questão não tem iluminação, à noite é uma dificuldade grande circular a pé ou de carro. A citada rua, por incrível que pareça não tem nome, como não tem nome a pequena vila incrustada no topo de um morro na zona rural de Santa Isabel. A rua sem saída que dá acesso ao pequeno vilarejo começa ao lado de um bar e de um orelhão na entrada do Aralu (Estrada do Aralu) às margens da Rodovia que liga os municípios de Arujá e Santa Isabel (SP 56).

Os moradores relatam vários problemas que enfrentam no dia a dia. A pequena comunidade, esquecida pelo poder público municipal reivindica como prioridade número um a iluminação da via, pedido que já foi objeto de dois abaixo assinados. Moradora há 17 anos d local, Maria Isabel dos Santos Caselli, 55 anos, informou que a comunidade já fez abaixo assinados para colocar nome na rua e principalmente para a implantação de iluminação na única via que dá acesso ao lugar.

            foto mostra trecho da rua sem nome

“O maior problema aqui não é andar um quilômetro a pé na subida. O problema é a escuridão que as pessoas enfrentam quando chegam à noite do trabalho ou quando saem de madrugada para o serviço. Inclusive crianças de 10 anos de idade quando chegam da escola são obrigados a andar um quilômetro na total escuridão, muitos tem medo e sobem a estrada correndo”, disse Maria Isabel.

A dona de casa relatou que a escuridão é total, “não se enxerga um palmo à frente do nariz, a pessoa se não estiver com uma lanterna não vê onde pisa. Até os adultos tem medo, todo mundo anda com lanterna, pois na estrada tem muita cobra, já houve caso de pessoas pisarem em cobra”. Maria Isabel, disse ainda que tem medo de algum pervertido ou ladrão atacar as pessoas no escuro, principalmente as crianças. Na pequena comunidade que as pessoas dizem pertencer ao bairro Aralu todos são unânimes em afirmar que a prioridade é a iluminação da rua. 


Mototáxi, materiais de construção e supermercados reclamam

Os moradores também pedem a instalação de um telefone público, o orelhão mais próximo fica na entrada do Aralu. Informaram que a água que abastece as casas vem de minas d’água onde são instaladas bombas elétricas que joga a água nas caixas.

Com relação ao esgotamento sanitário, os moradores utilizam fossas que quando enchem são abandonadas, daí se perfura outra fossa. Também não existe coleta de lixo, alguns levam o lixo até a Estrada de Santa Isabel para o caminhão recolher, outros queimam, outros simplesmente descartam na natureza. Também não existe entrega de correspondência pelos Correios, a comunidade pega as cartas na agência em Santa Isabel.

Outro problema relatado pelos munícipes é a dificuldade para se entregar mercadorias no local. “É muito difícil convencer os comércios de materiais de construção a fazer a entrega aqui. Os mototáxistas reclamam para vir até o local, muitos não vem e os supermercados sempre atrasam para entregar nossas compras”, disse a dona de casa Tanice Madalena, 45 anos. Apesar dos problemas, os moradores afirmaram que gostam de morar no local, que lá é tranqüilo e sossegado e que se for colocado luz na rua já melhora muito.


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