Crise no Transporte público de Santa Isabel
Quando da aprovação pela Câmara Municipal de Santa Isabel da lei que regularizaria o transporte de passageiros sobre moto, a satisfação dos vereadores era patente nos semblantes, os mototaxistas e membros do sindicato que os representam festejaram a boa nova. Passados alguns meses a situação continua a mesma. Os mototaxistas continuam trabalhando na ilegalidade, nenhum órgão público regula a profissão e os passageiros que utilizam o transporte sobre duas rodas continuam correndo perigo todos os dias. Em caso de acidente os passageiros não têm a quem recorrer, não tem amparo nenhum, pois a profissão não existe legalmente no município, apesar de o transporte de táxis sobre duas rodas ser tolerado pelos órgãos públicos há pelo menos uma década em Santa Isabel. Vale lembrar que devido à flagrante deficiência dos transportes públicos em Santa Isabel , proliferou à sombra da lei o transporte clandestino. É o caso dos mototaxistas enquanto a lei não é regulamentada, lei que muito provavelmente precisará de adendos, complementos e até de mudanças.
Outro tipo de transporte clandestino é o serviço de vans que faz a linha Santa Isabel – Arujá. É comum o passageiro se deparar com vans velhas, sem manutenção, além de os motoristas desenvolverem velocidade não compatível com o Código Nacional de Trânsito. E para piorar a situação, a Transcooper, concessionária legal do transporte municipal de Santa Isabel, está envolvida em uma briga com a prefeitura. Silvio Adriano, presidente do Legislativo isabelense, disse da Tribuna na última sessão ordinária da Câmara, que matéria paga pela Transcooper no jornal Ouvidor, deixa claro que se trata de um discurso de empresa falida. A mesma empresa falida –– disse o presidente –– quer forçar a barra para aumentar a tarifa municipal para R$ 3,10. Ele disse ainda que a empresa poderá numa madrugada qualquer fugir de Santa Isabel. O presidente disse ainda que a Transcooper presta serviço de péssima qualidade aos munícipes, mesma opinião de outro vereador, o Paulinho Investigador.
Nessa história toda, o povo acaba pagando o pato. Como a prefeitura não oferece serviço de qualidade no que diz respeito ao transporte público, a população acaba aderindo ao transporte ilegal. Independente de questões políticas e econômicas, tanto a prefeitura como o Legislativo tem que abrir uma frente de luta para dotar o município com transporte público de qualidade. Não seria o caso de acabar com os mototaxistas que independente da clandestinidade prestam serviços relevantes aprovados pela comunidade. Mas tem que ser regulamentado. A lei dos mototaxistas que foi aprovado pela Câmara Municipal e ainda não vale por não ter sido regulamentada, a impressão é que se trata de uma lei falha e incompleta. Caberia aos vereadores estudar essa lei novamente e fazer as mudanças necessárias.
Laudo desmente mentiras oficiais
O laudo de uma funcionária da prefeitura (Engenheira Agrônoma Silvana Floripes) desmente as falácias de pessoas da Prefeitura e do Presidente da Câmara de Vereadores. Assim que as árvores da Praça dos Expedicionários foram cortadas, causando comoção e revolta por parte da população, logo veio a mentira de que as espécies estavam doentes. Depois surgiu nova versão de que as raízes das árvores estariam comprometendo a redes de água. Quem determinou os cortes das árvores? Além de a população não ser consultada, também até hoje não obteve resposta para o assassinato das árvores! Homens da prefeitura agem como se o município de Santa Isabel fossem o quintal de suas casas, ou seja, cortam árvores sadias, mudam o cenário da cidade, investem milhares de reais em projetos duvidosos de restauro de praças e fica tudo por isso mesmo. Isso é Santa Isabel! Isso precisa mudar!
Prédios públicos abandonados
A denúncia do vereador Paulo Sergio Roberto (Paulinho Investigador-PSDB) de que vários prédios de escolas municipais na zona rural de Santa Isabel estariam abandonados é muito grave e requer uma resposta do prefeito Hélio Buscarioli (PSDB), ou então de seu preposto Éden Pontes. Em uma cidade onde faltam investimentos sociais, áreas de lazer (recreativo e cultural), onde algumas pessoas vivem isoladas na zona rural, é inconcebível que prédios públicos pereçam sem aproveitamento em prol da comunidade. Como disse o próprio Paulinho, que se invista na alfabetização para adultos, ou em qualquer tipo de arte para a população. O que não pode é os prédios públicos permanecerem abandonados, enquanto a população não tem alternativa de lazer e de cultura.
Palhaços? Quem cara pálida?
O Presidente do Legislativo isabelense, Silvio Adriano (DEM), qualificou de palhaços aqueles que dizem que a Câmara de vereadores é muito fraca. Disse mais: Que “aqueles que criticam gostariam de estar no nosso lugar”. O que o vereador não entende é que no momento que ele e os demais vereadores foram eleitos, se tornaram figuras públicas e como tal são e serão alvos de críticas. Note-se que as críticas para membros do Legislativo e do Executivo ficam na esfera dos trabalhos públicos, no desempenho das funções que a população lhes delegou. As críticas não são na esfera pessoal do vereador. Isso não interessa. Mas enquanto figura pública e representante da população, o Sr. Silvio Adriano terá que se acostumar com as críticas.
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