quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cidades pequenas deveriam ter COPOM da Polícia Militar. Ligação 190 cai em outras cidades causando dificuldades para população

por Jorge Singh

Quando o morador de uma cidade pequena disca 190, ou seja, quando ele precisa dos serviços da Polícia Militar quem atende é o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar). Mas em se tratando de cidade pequena o atendimento cai no Copom de outra cidade, geralmente a maior cidade de determinada região, tendo em vista que as cidades pequenas não abrigam o Centro de Operações da Polícia Militar, o chamado Copom.

O centro de atendimento da Polícia Militar só existe em municípios médios e grandes. As ligações 190 se discadas, por exemplo, do município de Santa Isabel cai em Guarulhos e por vezes Mogi das Cruzes. E isso acaba acarretando um transtorno para o cidadão das cidades pequenas, pois o (a) policial militar que atender no Copom (por exemplo, de Guarulhos) não conhece a cidade de origem da ligação, não conhece Santa Isabel. Quando um cidadão disca 190, geralmente trata-se de urgência, às vezes dependendo da ocorrência a pessoa está nervosa. E nem sempre o cidadão sabe informar a rua onde ele se encontra e em certos casos nem o nome do bairro ele sabe informar. Se for uma pessoa de fora, naturalmente ele não conhece a cidade e não tem como informar endereço.

Mas se o Copom estivesse instalado em cidades pequenas, bastaria um ponto de referência (Supermercado, Fórum, Prefeitura, Câmara Municipal, Igreja da Matriz, Praças, etc..) e logo os atendentes saberiam o endereço a qual o solicitante se refere. O Copom de Guarulhos só atende o solicitante se ele informar o endereço da ocorrência e de preferência o bairro, sem esses requisitos a pessoa que ligar 190 não será atendida. Tem outro agravante ainda: quando a pessoa consegue passar o endereço da ocorrência, devido à burocracia se perde tempo, pois o Copom de Guarulhos, por exemplo, terá de entrar em contato com a Polícia Militar de Santa Isabel para relatar a ocorrência à autoridades locais.  

Só para ilustrar e simplificar a dificuldade das pessoas de cidades pequenas vamos relatar um fato verídico (dentre vários que ocorrem diariamente) ocorrido em Arujá que também é atendido pelo município de Guarulhos. Um cidadão sob mira de armas de fogo teve seu carro roubado. Depois que os meliantes se evadiram, imediatamente a vítima ligou 190. A policial militar de Guarulhos pediu o endereço do ocorrido. A vítima afirmou que não sabia o nome da rua, mas que o local era próximo da Igreja Matriz e da Câmara Municipal. O Copom insistia que ele passasse o endereço. A vítima nervosa reafirmou mais vez que não sabia e, exasperada confirmou mais uma vez que era próximo do prédio do Legislativo e da Igreja Matriz. Irredutível, a policial disse que sem o endereço não dava para atender a ocorrência. Até aí já tinham se passado preciosos minutos. Vencido pela intransigência do Copom, desesperado a vítima desligou o telefone e saiu correndo em direção à delegacia local para avisar os policiais civis do roubo de seu automóvel.

Em pleno século 21 na era do telefone celular e da internet é incompreensível que centenas de cidades não tenham um Copom para atender a população local. O Copom nas cidades pequenas acaba perdendo sua eficácia. Ora, toda cidade tem um prédio público que atende 24 horas, setores da prefeitura, a delegacia, posto policial e no caso de Santa Isabel a Santa Casa. A central de telefone 190 (Copom) poderia ser instalada em qualquer um desses lugares.

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