Moradores da zona rural de Santa Isabel estão esquecidos pelo poder público municipal
Por Jorge Singh
Com 361 Km² Santa Isabel é o segundo maior município da região do Alto Tietê só superado por Mogi das Cruzes. Para se ter uma idéia do tamanho do território isabelense, tomemos por base o município de Itaquaquecetuba que tem uma área de apenas 81 Km², mas apresenta uma população quase cinco vezes maior do que Santa Isabel segundo o censo do IBGE de 2010. Itaquá tem 321 mil habitantes e Santa Isabel pouco mais de 50 mil. Outra curiosidade: em Itaquá, devido à grande densidade populacional quase não existe zona rural, ao contrário de Santa Isabel que ostenta grande área verde e extensa região de zona rural.
E esse é o maior problema. Os moradores dos extremos do município vivem quase que isolados devido à distância e às estradas de terra mal conservadas. Outro problema é a falta de comunicação motivada pela deficiência do sistema de telefonia. Exceto Montenegro, todos os outros bairros da região da zona rural de Santa Isabel são servidos por estradas de terra em mal estado de conservação, casos dos bairros da Pedra Branca, Pouso Alegre, Bairro da Cachoeira, Aralú e outros.
O pior é que as famílias que habitam a zona rural pedem pouco ao poder público municipal. Elas querem em primeiro lugar que as estradas de terra sofram um processo de manutenção periódico, principalmente antes das chuvas de verão, pois várias estradas do município na época de chuva se tornam intransitáveis. Boa parcela da população rural só tem o transporte coletivo para se locomover até o centro da cidade e com as estradas ruins principalmente na época de chuva os ônibus são os primeiros a parar, pois o empresário não quer colocar em risco a vida de funcionários e passageiros e muito menos sofrer prejuízos.
As estradas vicinais apresentam muitos buracos que viram verdadeiras crateras e lamaçal com as chuvas e que impede em muitos casos até caminhões de circularem. Basta lembrar que no último verão os moradores do bairro Cachoeira ficaram privados da linha municipal pelo período de dois meses, pois a estrada que dá acesso ao lugar ficou intransitável.
Outro problema sério é a falta de iluminação, à noite é difícil dirigir por uma estrada ruim na escuridão total. Outro problema grave é que alguns moradores do município, por incrível que pareça não têm acesso ao telefone fixo e muito menos ao telefone móvel, o celular. É o caso dos moradores da Pedra Branca, bairro afastado 12 quilômetros do centro da cidade. Não existem cabos de telefone fixo e também o local não dispõe de torres de transmissão para o celular, as pessoas ficam sem comunicação com o mundo. A única opção é sistema de telefonia WLL que os moradores afirmam funcionar de forma precária.
Mas a fala de telefone não se restringe ao bairro Pedra Branca. Em várias outras regiões da zona rural não há a possibilidade de se fazer uma ligação telefônica. Outra reclamação dos moradores da zona rural é com relação às linhas de ônibus. Eles solicitam mais ônibus para a comunidade. Outros pedidos da comunidade é que os vários prédios desativados de antigas escolas na região da zona rural sejam utilizados em prol da comunidade para recreação, lazer e cultura.
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